Giovani
Ferreira Bezerra
Este
texto problematiza a proposta de educação inclusiva, formulada
sobretudo a partir dos anos de 1990, pelos organismos internacionais
a serviço do capital, a qual foi, posteriormente, incorporada
na política educacional brasileira. Parte-se do materialismo
histórico-dialético como paradigma gnosiológico e
político-revolucionário, defendendo-se a crítica superadora à
forma alienante e fetichizada de inclusão escolar de alunos com
deficiência ou outras singularidades.
Introdução
O
século XXI surge atrelado à perspectiva e aos princípios da
chamada educação inclusiva1, movimento
político-filosófico-educacional forjado nas décadas anteriores,
sobretudo nos anos de 1990, tendo por base duas grandes declarações
de alcance internacional: a Declaração Mundial sobre Educação
para Todos: satisfação das
necessidades básicas de aprendizagem, de 1990, e a Declaração
de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na área das
Necessidades Educativas Especiais, de 1994, à qual se integra a
Estrutura de Ação em Educação Especial.